O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), por meio de sua Escola Superior de Controle Externo (Escex), e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizaram nesta sexta-feira (15), solenidade de abertura do workshop para defesa dos trabalhos de conclusão do curso de Especialização em Ciência de Dados.
Articulado por meio de acordo de cooperação entre a UFMA e o Tribunal de Contas, o curso atendeu à necessidade de capacitar os servidores da corte de contas em Ciência de Dados e Inteligência Artificial visando à otimização dos processos analíticos e de tomada de decisões. A capacitação contribui ainda para maior efetividade das ações de controle realizadas pela instituição.
Ao longo de um ano e meio, o curso abordou aspectos programáticos como: apresentação e exame de conceitos, princípios, métodos e técnicas em Ciência de Dados e Inteligência Artificial; compreensão das diferentes estruturas de bancos de dados, tipos de variáveis e suas escalas de mensuração; as razões para a estimação de cada um dos modelos de machine learning; e desenvolvimento de projetos de visualização de dados, bem como construção dashboards. A turma foi composta por um total de 20 alunos, sendo cinco auditores, três técnicos em controle externo, nove comissionados e três de órgãos integrantes da Rede de Controle.
A solenidade contou, por parte da Universidade, com a presença da professora Dra. Symara Vieira da Rocha, coordenadora do curso Latu Sensu de Especialização em Ciência de Dados – CECID, e do professor Dr. Anselmo Cardoso de Pádua, professor titular da UFMA, coordenador do Núcleo de Computação Aplicada NCA-UFMA.
Representando o TCE, participaram da cerimônia o conselheiro e ex-presidente Washington Luiz de Oliveira, em cuja gestão foi negociada a promoção do curso pela UFMA, o secretário de Tecnologia e Inovação (Setin), Renan Oliveira e o gestor da Escola Superior de Controle Externo (Escex), Ribamar Nojosa, além de outros dirigentes. As estrelas do dia, no entanto, foram os formandos, com a apresentação de seus respectivos trabalhos de conclusão.
Para o auditor Bruno Almeida, umas lideranças da área de fiscalização do TCE, os 18 meses de aulas práticas e teóricas foram um grande desafio, especialmente para aqueles cujas atividades têm pouca afinidade com a área tecnológica. “Em nosso caso, o conhecimento adquirido terá aplicação prática imediata, com o trabalho que desenvolvemos, voltado para dar respostas automáticas a questões frequentes de nossos fiscalizados com uso da AI”, afirma.
Exercendo suas atividades em um dos gabinetes de membros do colegiado, Samara da Cruz Lins aposta no conhecimento adquirido para o aprimoramento das atividades em seu setor. Para ela tratamento de dados e análises são experiências que contribuirão para a tomada de decisões no contexo da apreciação das contas públicas, por meio do assessoramento prestado. “Creio que todos os que passaram por este desafio terão condições de dar contribuições ainda maiores em seus variados campos de trabalho”, avalia.
Do ponto de vista da instituição de ensino, a experiência também foi considerada exitosa. “Mostramos que é possível atravessar os muros da universidade e compartilhar conhecimento com segmentos da sociedade e isso é muito animador porque atende a uma das mais importantes demandas em relação às universidades públicas”, o professor observa Anselmo de Pádua.
“O desafio enfrentado pelos estudantes também foi nosso, ao formatar um curso destinado a um público tão diversificado e com graus de experiência e expectativas tão diferentes em relação ao universo da informática. O sucesso desse curto nos habilita a apostar em outras iniciativas por meio dessa parceria com o Tribunal de Contas”, avalia, por sua vez, a professora Symara da Rocha.