Processo criativo, memória, referências literárias, presença da poesia no mundo atual. Esses foram os principais tópicos abordados pelo poeta maranhense Eduardo Júlio, que esteve no TCE nesta terça-feira (17) como convidado de mais uma edição do projeto “Encontro com Escritores”. O projeto é coordenado pela auditora e também escritora Rossana Jansen, e é uma atividade do Clube de Leitura Maria Firmina, da biblioteca da Escola Superior de Controle Externo - Escex.
Além do poeta, que também é um expoente histórico do jornalismo cultural maranhense, o encontro contou com a participação da poeta Adriana Gama de Araújo, que atendeu ao convite para fazer a mediação. Os dois são destacados atores da atual cena de poesia maranhense, integrantes do grupo de leitura de Poesia Reverso, que conta em seus quadros, entre outros, com os poetas Félix Alberto e Luís Inácio Costa.
Prestes a lançar Na Intimidade de um ser estranho, a poeta e historiadora, Adriana Gama de Araújo é mestre em História pela UFRN e professora das redes públicas estadual e municipal (São Luís). Tem quatro livros publicados: Mural de nuvens para dias de chuva (Penalux - 2018), TRaNSiTo (Olho D'água edições - 2019), Metábole (Urutau - 2021) e Na intimidade de um ser estranho (Mondru, 2024). Participou, também, da antologia Babaçu Lâmina – 39 poemas, organizada pelo poeta Carvalho Junior, em 2019. Tem, ainda, poemas publicados por diversas revistas literárias nacionais em formato digital.
Eduardo Júlio nasceu em São Luís, no ano de 1971. Passou a infância, em Basra, no Iraque. Publicou os livros Alguma trilha além (2005), prêmio da Secretaria de Cultura do Maranhão, O mar que restou nos olhos (7 Letras - 2020), finalista do Prêmio Jabuti, O sopro do lugar junto ao tempo (7 Letras - 2022) e Longo poente à deriva (7 Letras - 2024). Há quase 18 anos é servidor do Ministério Público do Maranhão, como jornalista na área de comunicação pública.
“Fiquei muito feliz e honrado com o convite. Acho que é uma oportunidade de apresentar a nossa poesia para um público mais abrangente, que não aquele mais restrito ao campo da literatura, além de ser um reconhecimento do nosso trabalho”, observou Eduardo Júlio. Para o poeta, iniciativas do tipo são louváveis, por ajudarem a compensar a carência de espaços de divulgação para a poesia e a literatura em geral. “Tem muita gente produzindo e que precisa dar mais visibilidade ao seu trabalho”, ressalta.